Retiro da UNESER. Mais Uma Vez
Não éramos vinte, mas também, os que ouviram as reflexões da Ir. Ivone não eram menos que dezoito. A carta de Paulo aos Romanos 8,28 afirma que "Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo seus desígnios".
Vivi esse retiro na íntegra. Não perdi uma palavra sequer. A diretoria quebrou a hegemonia não colocando a frente das reflexões um padre redentorista, mas uma religiosa da Congregação Salesiana. Não que não houvesse anuência, pois, o Pe.Desidério, o qual chamamos de Toninho, vulgo Tiri, lá estava a acompanhar e dar respaldos. Caminho certo, assim como estivemos nos tempos do Padre Libardi e do Mané. Atualmente cantando nos céus para aqueles que chegam, assim como cantaram para eles: Até Vocêêêêê.
Ah! Por falar em respaldo e anuência, por lá passou o padre provincial, nosso amigo de sempre e contemporâneo: Padre Inácio Medeiros que não perdendo oportunidade nos dirigiu palavras de ânimo, comunicando alguns acontecimentos da província redentorista de São Paulo.
Éramos um número reduzido, justamente aqueles que precisavam ouvir, como dizia o meu caríssimo Cônego José Maria. E olhe que, vi gente que nunca havia visto. E gente que se inscreveu e não compareceu por motivos vários .
Apesar do longo caminho feito, valeu a pena. Quanto mais a gente escuta mais tem a escutar. Quanto mais reflexões se fazem, mais temos que nos debruçar.
O tema versou sobre Maria: mãe, serva e discípula. Sagrada Escritura em mãos era a base de tudo. Ela entrou na História da Salvação por causa do Mistério Pascal, ou seja: vida, morte e ressurreição do Senhor. Ela que é a mãe da misericórdia.
Lá estava se embebedando da Palavra de Deus gente que um dia bebeu das águas Alfonsianas, pessoas que nunca haviam vindo participar das atividades da UNESER. "Oh! Como é bom, com é agradável para irmãos unidos viverem juntos" (Sl 132,1).
As atividades da entidade valem, não só por causa da confraternização, de rever os amigos, mas para um crescimento da fé e uma revisão daquilo se vive no dia a dia. Foi dito que a Palavra de Deus é seguida de acontecimentos. Que uma vez pronunciada se realiza. A vida vai revelando os acontecimentos. Houve gente que ouvindo o significado de Ana, vibrou: graça e favor.
Maria assume a profecia de Is.7,14:"Eis que uma virgem conceberá e dará a luz um filho". O sim dado aconteceu. Palavra seguida da realização.
Nas Bodas de Caná, Jesus disse a Mãe: "Mulher, ainda não chegou a minha hora" ( Joâo 2,4). Na oração sacerdotal, prestes ao holocausto da cruz Ele traz `a tona novamente a questão da hora: "Pai é chegada a hora. Glorifica teu Filho para que teu Filho glorifique a ti." (Jo.17,1b).
Em Caná da Galileia, naquele casamento em que Jesus é o noivo e o vinho é a alegria daquela festa, as talhas de pedra é a lei judaica. Vazia é a norma que escraviza e, até Maria, aquela que é chamada de mulher, não aguenta mais aquele peso. Quer uma nova lei ,uma nova forma de olhar o mundo e a humanidade. Uma lei onde exista o amor que não é mais que seiscentas vezes dobradas em caridade. Chegou o momento da revirada.
Mas não posso me perder. Tudo aconteceu aos pés do Pico do Jaraguá, assim como tudo culminou aos pés da cruz quando ganhamos Maria como mãe.
Obrigado a todos vocês que lá estiveram, em especial a salesiana, que nos auxiliaram nas reflexões: no salão, na capela, nos corredores, no refeitório e até na despedida. Colaboraram na minha conversão, ou seja, na mudança de direção.
Adilson José Cunha